NOVO NORMAL

NOVO NORMAL 

Nada mais será como já foi antes do Codiv-19!

A quarentena forçada nos fez por em prática o que sempre chamo de ALO – Arrumação, Limpeza e Ordem; quem tem casa e trabalho administrativo e relacional pode fazer o Home Office; quem não pode ir às escolas vivenciou o EAD – Educação A Distância; quem não pode abrir as portas de seu comércio adotou a prática das pizzarias – Delivery. Enfim, comprovou-se a tese de que a crise desenvolve a criatividade. Quando a água chega ao umbigo, qualquer um aprende a nadar.

Essas práticas evidenciaram outras vantagens: menos trânsito, menos poluição, menos gastos com supérfluos; mais solidariedade – moradores de condomínios que mal se conheciam passaram a trocar favores e se unirem para ajudar os mais necessitados; mais contatos, mesmo que virtuais, com familiares e amigos; mais tempo para dormir e inventar brincadeiras em casa com filhos menores etc. etc.

Empresas que adotaram Home Office com seus parceiros reduziram seus custos com uso de espaço, consumo de energia, cafezinhos e tudo mais, perceberam ainda que a produtividade aumentou com menos esforços de seu pessoal. Só o tempo ganho em não ter deslocamentos nem trânsito já compensou a ausência dos escritórios. Esta prática passará a ser o novo normal. Por que voltar ao que era antes? Graças à tecnologia, as comunicações ficaram mais fáceis. Chamadas com vídeo quase substituem o presencial. Porém, como já comentei em artigo anterior sobre Home Office, é necessário ter muita disciplina para não misturar a vida profissional com a pessoal e familiar. Organizar o local e seguir uma agenda rigidamente é um ponto de partida. Cuidado ainda com o excesso de mensagens das redes sociais e dos lives que recebemos – devemos ser seletivos.

Clientes também estão se adaptando ao novo normal. Os encontros presenciais com gerentes de bancos, médicos, compradores e fornecedores passam também a ser virtuais. No começo se estranha e depois se acostuma. Nos meus cursos, palestras ou mentoria, falo muito em “mude antes que seja obrigado a mudar”; agora precisamos mudar mais depressa ainda e muitos precisam de aconselhamento para a nova realidade.

Em vez de ir à escola, assistir aulas em casa é outra decisão sábia. A EAD também não foi novidade, mas passou a ser bem assimilada. O tempo economizado em deslocamento proporciona mais tempo para dedicação aos estudos. Acompanhar seus professores ao vivo, palestrantes por meio de lives no Instagram ou Youtube, reunir-se e trocar ideias com amigos pelo zoom ou outros aplicativos, visitar museus, ler e-books, é uma maravilha! E pensar que ”no meu tempo” era necessário ir a uma biblioteca… Agora será, ou já é, outro novo normal.

Com o “delivery” passou-se a explorar mais o comercio local. Maior comodidade a preços justos e benefício também para outras pessoas. O setor logístico tem de se desenvolver rapidamente para este novo normal onde velocidade é o diferencial. Recentemente tive uma experiência interessante: moro a menos de quinhentos metros de um restaurante excelente, mas não estava a fim de sair de casa e pedi uma refeição para ser entregue em minha casa. Quando chegou o entregador e fui buscar a encomenda na portaria comentei “é tão perto para você se deslocar que não vale a pena” e o rapaz me disse: “eu que lhe agradeço, pois só assim posso ganhar um dinheirinho”. Atualmente é normal eu pedir pelo aplicativo, pois estou ajudando mais alguém. Claro que também é agradável ir até o restaurante e ser atendido por um simpático garçom.

Na economia, o novo normal será um Estado reduzido! Termos o mínimo necessário e suficiente de “representantes do povo” com seus gabinetes e assessores. Teremos ainda uma nova sistemática política, mas isto é assunto para outras reflexões de gente do bem.

Lembremo-nos da Palavra em Gálatas 6:9 “E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos”.

claudiney@fullmann.com.br