Liderança na Ind. 4.0

LIDERANÇA na Ind. 4.0

Líderes enfrentarão desafios maiores com a quarta revolução industrial, Ind. 4.0 como é hoje designada, ao comandarem humanos e robôs simultaneamente. Lidar com a inteligência humana e com a inteligência artificial ao mesmo tempo requer uma revisão completa dos conceitos e atitudes estudados até agora.

As novas gerações z e alfa demandam estilos de liderança diferentes dos das gerações anteriores que ainda estão no mercado.

Uma nova maneira de pensar as emoções e o pensamento surgiu quando os psicólogos articularam definições mais amplas de inteligência e também novas perspectivas sobre a relação entre sentimento e pensamento, mas não consideravam a inteligência artificial

A designação de inteligência emocional mais antiga remonta a Charles Darwin, que em sua obra referiu a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. Embora as definições tradicionais de inteligência enfatizem os aspectos cognitivos, como memória e resolução de problemas, vários pesquisadores de renome no campo da inteligência estão a reconhecer a importância de aspectos não cognitivos.

Na década de 1920, o psicometrista Robert L. Thorndike, na Universidade de Columbia, mencionou a possibilidade de que as pessoas pudessem ter inteligência social – a habilidade de perceber estados internos, motivação e comportamentos de si próprio e dos outros e de agir de acordo com essa percepção.

Na década de 1940, David Wechsler, descreveu a influência dos fatores não intelectuais sobre o comportamento inteligente, e defendeu ainda que os nossos modelos de inteligência não estariam completos até que esses fatores não pudessem ser adequadamente descritos.

Em 1983, o professor Howard Gardner da Universidade de Harvard, em sua teoria das inteligências múltiplas, introduziu a ideia de incluir tanto os conceitos de inteligência intrapessoal (capacidade de compreender a si mesmo e de apreciar os próprios sentimentos, medos e motivações) quanto de inteligência interpessoal (capacidade de compreender as intenções, motivações e desejos dos outros). Para Gardner, indicadores de inteligência como o QI não explicam completamente a capacidade cognitiva. Assim, embora os nomes dados ao conceito tenham variado, há uma crença comum de que as definições tradicionais de inteligência não dão uma explicação completa sobre as suas características.

O primeiro uso do termo “inteligência emocional” é geralmente atribuído a Wayne Payne, citado em sua tese de doutoramento, em 1985. O termo, entretanto, havia aparecido anteriormente em textos de Hanskare Leuner (1966). Stanley Greenspan também apresentou em 1989 um modelo de inteligência emocional, seguido por Peter Salovey e John D. Mayer (1990), e Goleman (1995).

Na década de 1990, a expressão “inteligência emocional”, tornou-se tema de vários livros (e até best-sellers) e de uma infinidade de discussões em programas de televisão, em escolas e mesmo em empresas. O interesse da mídia foi despertado pelo livro “Inteligência Emocional”, de Daniel Goleman, redator de Ciência do The New York Times, em 1995. No mesmo ano, na capa da edição de Outubro, a revista Time perguntava ao leitor – “Qual é o seu QE?” – apresentando um importante artigo assinado por Nancy Gibbs sobre o livro de Goleman e despertando o interesse da mídia sobre o tema. A partir de então, os artigos sobre inteligência emocional começaram a aparecer com frequência cada vez maior por meio de uma ampla gama de entidades acadêmicas e de periódicos populares.

A publicação de “The Bell Curve” (1994) pelo psicólogo e professor da Universidade de Harvard Richard Hermstein e pelo cientista político Charles Murray lançou controvérsias em torno do QI. Segundo os autores, a tendência era que a sociedade moderna se estratificasse pela definição de inteligência, não pelo poder aquisitivo ou por classes. O que causou maior polêmica e indignação por parte de inúmeros setores da sociedade foi a afirmação dos autores de que, no que diz respeito à inteligência haveria diferenças entre as etnias.

Salovey e Mayer (2000) definiram inteligência emocional como: “…a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros.”

Dividiram-na em quatro domínios:

Percepção das emoções – inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos, como a voz ou a expressão facial, por exemplo. A pessoa que possui essa habilidade identifica a variação e mudança no estado emocional de outra.

Uso das emoções – implica a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio.

Entender emoções – é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes;

Controle (e transformação) da emoção – constitui o aspecto mais facilmente reconhecido da inteligência emocional – é a aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

Assim, definem a inteligência emocional dentro desses quatro domínios pensando em promover não só a inteligência emocional, como também um crescimento intelectual, assim, “Inteligência emocional envolve a habilidade de perceber com precisão, avaliar, e expressar emoções; a habilidade de acessar e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam o pensamento; a habilidade de entender emoções e conhecimento emocional; e a habilidade de regular emoções para promover inteligência emocional e crescimento intelectual”.

Para esses autores os indivíduos que possuem uma inteligência emocional elevada são capazes de gerenciar as suas emoções com precisão, conseguem lidar melhor com questões sociais e não se envolvem em comportamentos problemáticos e vícios, como elucidam os autores:

“O indivíduo de IE elevada, mais centralmente, pode perceber melhor as emoções, usá-las no pensamento, entender seus significados e gerenciar emoções, do que outras. Resolver problemas emocionais provavelmente requer menos esforço cognitivo para esse indivíduo. A pessoa também tende a ser um pouco mais elevada nas inteligências verbais, sociais e outras, particularmente se o indivíduo tiver uma pontuação mais alta na porção de emoções compreensivas da IE. O indivíduo tende a ser mais aberto e agradável que os outros. A pessoa de alta IE é atraída para ocupações que envolvem interações sociais como ensino e aconselhamento mais do que para ocupações envolvendo tarefas administrativas ou administrativas. O indivíduo de IE elevada, em relação a outros, é menos apto a se envolver em comportamentos problemáticos e evita comportamentos autodestrutivos, comportamentos negativos, como fumar, beber em excesso, abuso de drogas ou episódios violentos com outras pessoas”.

Daniel Goleman (1998) definiu inteligência emocional como: “…capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.”

Para ele, a inteligência emocional é a maior responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Como exemplo, recorda que a maioria das situações de trabalho é envolvida por relacionamentos entre as pessoas e, desse modo, pessoas com qualidades de relacionamento humano, como afabilidade, compreensão e gentileza têm mais chances de obter o sucesso.

Segundo ele, a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:

 

Autoconhecimento emocional – reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando ocorrem;

Controle emocional – lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;

Automotivação – dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;

Reconhecimento de emoções em outras pessoas – reconhecer emoções no outro e empatia de sentimentos; e

Habilidade em relacionamentos interpessoais – interação com outros indivíduos utilizando competências sociais.

As três primeiras são habilidades intrapessoais e as duas últimas interpessoais.

 

Tanto quanto as primeiras são essenciais ao autoconhecimento, estas últimas são importantes em:

 

Organização de grupos – habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, bem como a habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança e uma cooperação espontânea.

Negociação de soluções – característica do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.

Empatia – é a capacidade de, ao identificar e compreender os desejos e sentimentos dos indivíduos, reagir adequadamente de forma a canalizá-los ao interesse comum.

Sensibilidade social – é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.

 

Metainteligência Emocional

É um conceito de Inteligência Emocional que vai além… Além de apenas descrever ou reconhecer os próprios sentimentos, os dos outros e lidar com eles.

O prefixo “Meta” nos remete a um posicionamento futuro, um estado desejado que se faz ao mesmo tempo de parâmetro e estímulo. A escritora Ella Wheeler disse o seguinte: “Um barco sai para o leste, outro para o oeste, levados pelo mesmo vento que sopra. É a posição das velas, e não o sopro do vento, que determina o caminho que eles seguem. Assim também são os nossos caminhos na vida, é a posição da nossa alma que determina a meta, e não os acontecimentos do mundo.”

Metainteligência Emocional é a metodologia de Autoconhecimento com bases em Psicologia, PNL, Filosofia, Coach e Neurociência que tem como objetivo ajudar as pessoas a ajustarem o direcionamento das suas vidas, não somente pela meta que querem atingir ou pelo sonho que querem realizar, mas pelo redescobrimento da sua essência.

Qual seu próximo passo?

Um líder de alta performance, para ter um pleno sucesso, deve fazer uma reflexão sobre os diversos pontos explanados e seus domínios, pontuar aqueles em que vê potenciais de melhorias, selecionar os mais críticos, priorizar um ou dois e trabalhar em cima deles para uma melhoria contínua. Nesta etapa um bom mentor pode auxiliar no estabelecimento de um plano de ação.

Podem contar comigo para essa evolução.

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