HOJE SOU UM MENTOR

HOJE SOU UM MENTOR

Claudiney Fullmann

Escrevi anteriormente que não tive um mentor, mas tive ótimos chefes que sabiam cobrar por resultados e eu me desdobrava para superar as expectativas. Acumulei experiências positivas e negativas que hoje compartilho com meus mentorandos quando os ajudo a alçar voos mais ambiciosos.

Lembrei-me de um momento de infância quando meu avô, em sua chácara, pediu-me: passa-me um tutor apontando para um feixe de bambus cortados. Para mim era um pedaço de bambu apenas; só entendi o significado quando o vi amarrando os pés de tomate novos com fitilhos de sisal desfiados de uma planta junto à cerca e de sua explicação: eles são frágeis, quaisquer ventos os derrubam; caídos podem quebrar seus caules e perder os futuros frutos. Depois percebi que a planta crescia amparada e fortalecida apresentando lindos tomates mutantes de verde para o vermelho.

Na fase inicial da vida pessoal ou profissional das pessoas é essencial ter um tutor. Pais e professores exercem esse papel nos ajudando a crescer. São pessoas que sabem dos dar respostas. Muitos conhecimentos e experiências remontam a esses momentos que serão cobrados mais tarde pela sociedade e pelos chefes.

Melhores os tutores, melhor desenvolvimento de carreiras. Já contratados, os conhecimentos acadêmicos das pessoas são colocados à prova. Os desempenhos são medidos e a concorrência interna e externa por melhores profissionais fica mais acirrada. Enquanto forem capazes de dar respostas certas, seu crescimento é assegurado. Em determinado momento, em decorrência de seu conhecimento técnico, essa pessoa é convidada para administrar outras pessoas que passam a serem seus subordinados. Virou chefe!

Muitas vezes sem ter sido preparado para saber liderar, é jogado na fogueira desconhecendo que o comportamento das outras pessoas é mais errático do que os movimentos dos átomos. Pessoas diferentes, com atitudes diferentes, em momentos diferentes, em situações diferentes, com problemas pessoais diferentes que não lhes sai da cabeça, ouvem instruções do jeito que querem e como querem.

Tratar todo esse pessoal de maneira igual, como imaginado, é a decretação da pena de morte do chefe imaturo. Tem que aprender a ser líder – tomar decisões! Decisões o colocam em uma encruzilhada. Avalia as possíveis consequências como aprendeu com tutores, mas a insegurança é grande. Aqui surge a necessidade de um Mentor. Alguém que lhe faça perguntas, não lhe dê respostas. Um típico processo socrático ou maiêutico, que lhe faz pensar, e pensar dói. Mas a melhor decisão acontece.

Visite meu site www.fullmann.com.br.  Entre em contato claudiney@fullmann.com.br