DOSES DE PRODUTIVIDADE – XIV
Dos vários comentários recebidos pela publicação anterior, um foi enfático:
“Eu não concordo com a redução de 50% no número de ministérios.
Deveria ser no máximo 10.”
Fui buscar na história a quantidade de ministérios existentes. Encontrei na estréia da república com Marechal Deodoro da Fonseca 8 pastas; com Getúlio Vargas 10 ministérios e com Juscelino Kubitschek 11 ministérios. Esta diferença deu-se pelo desdobramento do Ministério de Educação e Saúde Pública de Getúlio em Ministério de Educação e Cultura e Ministério da Saúde. Ficaram, em ordem alfabética:
- Aeronáutica
- Agricultura
- Educação e Cultura
- Fazenda
- Guerra
- Justiça e Negócios Interiores
- Marinha
- Relações Exteriores
- Saúde
- Trabalho, Indústria e Comércio
- Viação e Obras Públicas
Um modelo ainda mais racional e produtivo para nossa realidade poderia ser:
- Agricultura
- Educação e Cultura
- Energia (combustíveis, elétrica, eólica, solar e nuclear)
- Fazenda
- Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha)
- Infra-estrutura (obras públicas)
- Justiça
- Planejamento
- Relações Exteriores
- Saúde
- Trabalho, Indústria e Comércio
A evolução da quantidade de ministérios deveu-se mais a razões políticas (loteamento de cargos) do que necessidade para o país crescer: Deodoro 8, Getúlio 10, Juscelino 11, Lula 38, Dilma 39, Ali Babá 40…
Fico a imaginar como deve ser a gestão de 39 ministros, sem contar os gabinetes e assessorias, em uma semana de 6 dias e uma jornada de 8 horas, desconsideradas as “pedaladas” e compromissos presidenciais = 48 horas semanais, ou seja, uma hora e vinte minutos para conversar com cada ministro por semana! Dá para gerenciar? Há competência para ser tão objetiva?
Empresas e sociedade devem reagir intensamente a tal excrescência para que o volume de impostos pagos direta e indiretamente não seja despejado no ralo da má administração pública.
Enquanto não se cura as “PTites” que acometem a economia brasileira, fica mais difícil incrementar a produtividade dos negócios e competir com classe mundial.
Mesmo assim, com este terrível cenário, podem-se aplicar boas doses de produtividade e ser economicamente viável
Até a próxima!