DOSES DE PRODUTIVIDADE – IX

DOSES DE PRODUTIVIDADE – IX

 

Voltei!

Como prescrito anteriormente, fiz minha pausa e fui para longe: Países Bálticos e Rússia. Ampliei conhecimentos embora meu HD estivesse sobrecarregado com tantas informações dos guias. Mesmo não querendo relembrar nossas mazelas políticas, as informações sobre a dominação soviética na Lituânia, Letônia e Estônia, que só se libertaram do comunismo em 1991 e cresceram vertiginosamente, fizeram-me um paralelo com a dominação petista. Não bastasse às destruições na Segunda Guerra Mundial, o sofrimento do povo foi ainda maior com a imposição doutrinária dos Russos. Espero que nosso Brasil reaja imediatamente à intentona comunista dos últimos doze anos de governo mal intencionado, antes que a nação se arrase.

 

Esquecendo nossa realidade, vivenciei com minha esposa maravilhas desde a reconstrução das épocas medievais até o modernismo de hoje. Museus, palácios e praças, repletas de turistas e moradores desfrutando de uma vida feliz. Quanta riqueza, tanta história!

 

Para não perder o foco em produtividade, observei a dinâmica de construções sem ver nenhum trabalhador parado “cansando-se” por ver outro trabalhar com disposição. Número reduzido de garçons e garçonetes – todos jovens – servindo muitas mesas simultaneamente; embora às vezes demorassem para trazer a conta, esforçavam-se para falar em inglês ou espanhol já que seu idioma escrito e falado é incompreensível para estrangeiros. Chama atenção a limpeza das ruas lavadas periodicamente e a ausência de bitucas no chão, embora fumem bastante. Um trânsito que em seus momentos de pico provocam congestionamentos, mas fluem bem. Ciclovias bem planejadas com semáforos próprios ocupam seu espaço sem atrapalham veículos nem pedestres.

 

Retornando para casa a uma velocidade de 950 km/h, 12.000 m de altitude e uma temperatura externa de – 40 graus centigrados, sentados por 12 horas, lendo, vendo filmes, jogando e dormindo um pouco, fez-me voltar no tempo e lembrar um dos melhores momentos de produtividade que tive em viagem, quando voei da França para os Estados Unidos em um Concorde – avião supersônico que voava a mais de 2.000 km/h – mais rápido do que a rotação da terra – permitindo-me fazer duas reuniões de negócio no mesmo horário (9:00), em locais diferentes: Paris e Nova York, graças à alta velocidade e alteração de fuso horário; 3,5 horas de vôo e 6 horas de diferença de fuso.

 

Recordei-me ainda de um grande lance de produtividade quando gerenciei um projeto com desenhos feitos no Japão e produção em Piracicaba – SP. Nas tropicalizações e revisões que necessitavam da aprovação da cedente de tecnologia, fazíamos nossos comentários e atualizações durante todo o dia e, no final da tarde, os enviávamos via telex para os japoneses que os recebiam no início de sua jornada. Enquanto eles trabalhavam, nós dormíamos. Na manhã seguinte recebíamos sua correspondência e  trabalhávamos enquanto eles dormiam. Milagre do fuso horário de doze horas…

 

Muitas coisas podem ser feitas em paralelo por diversas pessoas, desde que se preocupem com o sincronismo das atividades. Quando há interdependência o atraso de um provoca atraso nas demais atividades, gerando uma imensa perda de produtividade. A garantia do fluxo do produto ou da informação é a dose mais complexa que um bom líder tem de administrar.

 

Alerto para uma tese que defendi na França: “onde houver duas pessoas trabalhando juntas em uma mesma atividade, coloque uma terceira e todos farão a produção de uma”.

 

Aguardem mais doses de produtividade.