DOSES DE PRODUTIVIDADE – I

DOSES DE PRODUTIVIDADE – I

A meta de qualquer organização de produção é “ganhar mais dinheiro hoje e sempre” condicionada a satisfazer clientes, fornecedores, empregados, investidores e sociedade hoje e sempre.

 

Clientes insatisfeitos procuram outros fornecedores sem reclamar. Fornecedor insatisfeito para de fornecer, empregados insatisfeitos procuram outro emprego. Investidores insatisfeitos transferem seu dinheiro pra outros negócios e sociedade insatisfeita busca leis de proteção.

Quaisquer insatisfações provocam perdas e ameaças aos lucros – condição absoluta para existência perene de um negócio.

 

Para garantir o bom funcionamento de um negócio, existem alguns parâmetros de controle interno que se alinham à meta da organização.

 

Em primeiro lugar, desconsiderem-se todos os impostos incidentes sobre as vendas, desgraça igual para todos. Não se trata de sonegação, apenas uma metodologia de cálculo. Impostos serão considerados à parte. Com isto teremos apenas o PREÇO LÍQUIDO DE VENDA.

 

Vejamos ainda outros conceitos necessários ao entendimento da lógica do negócio quanto a custos e preços:

 

GANHO = diferença entre Preço Líquido de Venda e Custo dos materiais e serviços Diretamente Variáveis. Alguns preferem usar o conceito de margem, mas aqui, não entram as despesas que serão detalhadas após.

O CDV (custo diretamente variável) é composto de matérias primas, peças, componentes, conjuntos e serviços adquiridos para produção de determinado produto. São custos específicos e que variam em função da quantidade produzida. Ganho (G) não é lucro; é apenas a diferença entre o que se paga e o que se recebe por aquele produto específico.

DESPESA OPERACIONAL = tudo o que se gasta para transformar inventário em ganho. As DO existem mesmo que nada se venda, tais como: folha de pagamento geral de mensalistas e horistas, encargos trabalhistas, provisão para décimo terceiro, férias e indenizações, depreciação do inventário, juros, luz, água, telefone, gás, combustíveis, impostos prediais e taxas de funcionamento, seguros, material de limpeza, manutenção e serviços gerais, enfim, tudo que não entra no CDV.

INVENTÁRIO = todo investimento (I) feito para aquisição de imóveis, móveis, máquinas e equipamentos, estoque de matérias-primas, material em processo e produtos acabados. Em suma, tudo que se possui e pode ser vendido um dia, a preço de mercado, claro.

LUCRO = diferença entre Ganho e Despesa Operacional. O maior cuidado é nunca ter uma DO maior que os Ganhos a curto, médio e longo prazo. Essencial ter-se um estreito controle do FLUXO DE CAIXA – o dinheiro que entra e sai todo dia, acumulado no mês ou outro período.

 

Alguns medidores essenciais além do G, DO e I; não precisam ser muitos para se dirigir um negócio. Compare-os ao painel de um automóvel:

RSI = Retorno Sobre o Inventário, é a relação (G – DO)/I

Todos os investimentos devem ser pagos em algum período

GIRO = Giro de Estoque é a relação G/I

PRODUTIVIDADE = G/DO

Esta melhor forma de medir evita a síndrome de “campanha de redução de custos”, na verdade, de despesas, que muitas vezes impactam no ganho.

 

Não estamos evocando o desperdício, mas um pequeno aumento de algumas despesas para encantar o cliente pode trazer retorno em ganhos adicionais.

Na próxima teremos novas doses de produtividade.