DOSES DE PRODUTIVIDADE – XV

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XV

 

O Governo Federal interpretou mal a sugestão de reduzir para 10 a quantidade de ministérios, anunciando que iria cortar 10 dos 39, sem saber quais são nem dizer o que vai fazer com milhares de funcionários que não contribuem com a produtividade brasileira.

 

O estado tem um batalhão de mais de 663.000 funcionários sendo que cerca de 70% são comissionados por cargos de confiança, uma típica moeda de troca com os partidos para aprovar as atrocidades governamentais. Só a Presidência da República tem mais de 3.000 comissionados dos mais de 3.650 funcionários. O orçamento de custeio da enferrujada engrenagem federal é superior R$377 bilhões, sendo que só os 39 ministérios representam mais de R$58 bilhões.

 

O Congresso Nacional também é perdulário: 81 senadores com cerca de 10.000 funcionários, consultores e terceiros. Só o Senador Collor tem 64 funcionários! Pra que?

O STF tem 11 ministros e 2.800 funcionários sendo 240 recepcionistas e 430 seguranças. Tudo isto é encontrado no Portal da Transparência, mas quanto não está reportado?

 

Espelhem-se no governo da Suécia, por exemplo, para um bom paradigma.

 

Uma continha de padaria: uma redução de 70.000 funcionários comissionados daria uma redução de 70 bilhões de reais, muito mais do que o retorno da fatídica CPMF. A “levyandade” federal deve ser criativa para cortar na própria carne em vez de extorquir a população com impostos, taxas e multas para cobrir o déficit gerado pelo próprio governo.

 

No mandato anterior esbanjou-se muito com decisões populistas e empréstimos para os parceiros bolivarianos detrimento de investimentos em infra-estrutura, energia, educação, saúde e segurança. Para os brasileiros produtivos trouxe a recessão, a elevação da inflação, inviabilizou empresas de pequenos e médios portes – que já reduziram muito suas despesas – a redução da renda dos que ainda têm emprego e uma desordem econômica no país. A queda nas vendas dos shoppings centers e supermercados atestam a realidade.

 

Mas quem será capaz de mudar radicalmente o “status quo”?

 

Os políticos que legislam em causa própria? De maneira nenhuma! São na maioria coniventes com a situação atual por se beneficiarem do esquema, particularmente o PT e o PMDB que dominam a maior parte dos Ministérios.

 

O STF? Depois de Joaquim Barbosa parece estar comprometido com outros interesses que não o do povo.

 

A PF, com um digno juiz Sérgio Moro, enquanto tiver a independência do Ministério da Justiça, nos dá alguma esperança de ver os verdadeiros ladrões do povo na cadeia sem benefício da prisão domiciliar; entretanto, isso não é suficiente para mudar a realidade política que está destruindo o Brasil.

 

Somente as empresas e as pessoas incorruptíveis poderão lutar contra os males que infeccionam o tecido social. Se for necessário sofrer para salvar a nação, que não seja por meio de aumento de impostos, mas pela redução dos custos governamentais e pela imposição popular de ética, moral e caráter aos dirigentes pelo voto e manifestações. Não é aceitável continuar vendo barbaridades contra a produtividade sem reação.

 

 

Até a próxima!

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XIV

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XIV 

 

Dos vários comentários recebidos pela publicação anterior, um foi enfático:

“Eu não concordo com a redução de 50% no número de ministérios.

Deveria ser no máximo 10.”

 

Fui buscar na história a quantidade de ministérios existentes. Encontrei na estréia da república com Marechal Deodoro da Fonseca 8 pastas; com Getúlio Vargas 10 ministérios e com Juscelino Kubitschek 11 ministérios. Esta diferença deu-se pelo desdobramento do Ministério de Educação e Saúde Pública de Getúlio em Ministério de Educação e Cultura e Ministério da Saúde. Ficaram, em ordem alfabética:

  1. Aeronáutica
  2. Agricultura
  3. Educação e Cultura
  4. Fazenda
  5. Guerra
  6. Justiça e Negócios Interiores
  7. Marinha
  8. Relações Exteriores
  9. Saúde
  10. Trabalho, Indústria e Comércio
  11. Viação e Obras Públicas

 

Um modelo ainda mais racional e produtivo para nossa realidade poderia ser:

  1. Agricultura
  2. Educação e Cultura
  3. Energia (combustíveis, elétrica, eólica, solar e nuclear)
  4. Fazenda
  5. Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha)
  6. Infra-estrutura (obras públicas)
  7. Justiça
  8. Planejamento
  9. Relações Exteriores
  10. Saúde
  11. Trabalho, Indústria e Comércio

 

A evolução da quantidade de ministérios deveu-se mais a razões políticas (loteamento de cargos) do que necessidade para o país crescer: Deodoro 8, Getúlio 10, Juscelino 11, Lula 38, Dilma 39, Ali Babá 40…

 

Fico a imaginar como deve ser a gestão de 39 ministros, sem contar os gabinetes e assessorias, em uma semana de 6 dias e uma jornada de 8 horas, desconsideradas  as “pedaladas” e compromissos presidenciais = 48 horas semanais, ou seja, uma hora e vinte minutos para conversar com cada ministro por semana! Dá para gerenciar? Há competência para ser tão objetiva?

 

Empresas e sociedade devem reagir intensamente a tal excrescência para que o volume de impostos pagos direta e indiretamente não seja despejado no ralo da má administração pública.

 

Enquanto não se cura as “PTites” que acometem a economia brasileira, fica mais difícil incrementar a produtividade dos negócios e competir com classe mundial.

 

Mesmo assim, com este terrível cenário, podem-se aplicar boas doses de produtividade e ser economicamente viável

 

Até a próxima!

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XIII

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XIII 

 

A produtividade brasileira está enferma, uma pandemia demonstrada nas passeatas de 16 de agosto em todo o país agindo como leucócitos – células de defesa do organismo – neste caso da sociedade, em face de infecção PTista.

 

Um abscesso identificado pela hiperemia (vermelhidão) acumulado em todo o tecido governamental que precisa ser drenado antes que entre na corrente sanguínea causando o agravamento para septicemia (infecção generalizada).

 

Originou-se com um vírus chamado Lula, pior que o ebola, difícil de ser isolado e eliminado. Comandando as bactérias oportunistas como o PMDB e demais partidos de esquerda, tornou-se uma metástase cancerígena em todos os órgãos e empresas governamentais, como STF, Congresso, Petrobrás, BNDES e outros ainda não identificados.

 

Sindicatos e ONGs são bactérias parasitárias que se beneficiam dessa crise enquanto MST e CUT pretendem provocar hemorragia.

 

O ciclo “lulisogênico” replicou seu DNA petista em todas as células envolvidas com socialismo, comunismo, populismo e demais orientações esquerdistas. Manifestam-se por meio de mentiras, promessas e enganação popular com marketing bem elaborado. Ataca os cofres públicos e bolsos dos honestos que trabalham para sustentar uma máquina de desperdício e corrupção.

 

Um dos órgãos mais acometidos foi a Presidência da República que, em seu discurso de posse, declarou que um dos primeiros passos de seu governo passaria pela “elevação da produtividade da economia”. Mais asneiras são declaradas publicamente com saudação à mandioca e ignorância de metas. Na contra mão do progresso elevou impostos, rebaixou salários e aposentadorias e causou redução do PIB. Seus ajustes fiscais apenas agravam o quadro clínico e bacteriológico, sem punir seus erros do passado nem reduzir seus custos.

 

Chás de “panelaço” são doses caseiras boas mas insuficientes para combater a grave situação. São necessários mais leucócitos de manifestação popular e empresarial no combate à corrupção e à jogadas políticas para compra de apoios com criação de cargos partidários. Diga-se não à corrupção.

 

A obesidade governamental não será reduzida com doses homeopáticas; necessita de uma cirurgia bariátrica para reduzir cinquenta por cento do número de ministérios, oitenta por cento dos cargos comissionados, redução drástica das despesas do governo e outras doses de produtividade para melhoria da infra-estrutura, da segurança, da saúde, dos transportes e todas as carências sociais. Devem-se exigir mais providências por diversos meios.

 

As doses de produtividade nas empresas e famílias são imprescindíveis, mas não conseguirão melhorar o país com essa infecção da corrupção generalizada onde políticos levam vantagem. A “lava jato” está fazendo ressonâncias e tomografias para identificar as células cancerígenas ainda camufladas pela blindagem dos políticos com imunidade parlamentar.

 

O voto seria uma dose profilática para escolher representantes do povo, mas, com fraudes nas urnas eletrônicas e compra de votos com “bolsas esmolas”, a democracia brasileira é uma farsa travestida de ditadura bolivariana. Os partidos de oposição não defendem as necessidades do país, e fazem articulações para garantir suas tetas com aumentos de seus próprios salários.

 

Que Deus salve o Brasil!

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XII

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XII

 

Um exemplo típico de resolução de problemas com os “5 porquês” é evidenciado no seguinte diálogo:

 

  1. Por que seu maior cliente está insatisfeito?

Porque nossa entrega de produtos atrasou no mês passado.

  1. Por que nossa entrega atrasou no mês passado?

Porque a produção não cumpriu a programação.

  1. Por que a produção não cumpriu a programação?

Porque houve falta de peças.

  1. Por que houve falta de peças?

Porque a inspeção de recebimento rejeitou uma grande quantidade de peças.

  1. Por que foram rejeitadas tantas peças?

Porque o Departamento de Compras decidiu por um fornecedor mais barato, mas que se comprovou com qualidade inconsistente…

 

Encontrada a causa raiz desmembrada de apenas um sintoma aplica-se uma boa dose de kaizen e padronizam-se os procedimentos. Basicamente o tratamento é com a repetição contínua desse método. As pessoas de quaisquer empresas devem ser condicionadas a questionar toda e qualquer situação. Não só as ocorrências de anomalias, mas também as situações em que se têm sucessos, questionando: “Por que deu certo?”.

 

Dr. Deming deu sua valiosa contribuição ao definir “A padronização é a estrada     para o aperfeiçoamento contínuo”.

 

Para manter um processo sadio é importante garantir o balanceamento do seu fluxo, com aumento da velocidade e redução do prazo de entrega. Garantir seu fluxo de valor. Por isso queremos sincronizar tudo! A despeito das mudanças que afetam a produção, devemos garantir a pontualidade do prazo de entrega! Isto é essencial para uma produtividade elevada.

 

Desenvolver e implantar um fluxo sincronizado em toda a cadeia de suprimentos, cuja empresa mereça o título de classe mundial, requer conhecimentos e habilidades que tornem práticas as mais recentes teorias.

 

A sincronização do fluxo de todos os materiais e pessoas com a melhor ocupação dos recursos disponíveis torna a gestão dinâmica, com benefícios imediatos na eliminação de desperdícios, principalmente em processos, redução de horas extras não planejadas e redução do lead time, além de uma significativa melhoria na gestão do fluxo de caixa da empresa. Então a sincronização precisa garantir que:

 

  1. Pessoas certas tenham as informações certas para alocar recursos certos e materiais necessários e suficientes para as tarefas de maior prioridade, todo o tempo, nos locais certos
  2. Atinja operadores, planejadores, programadores, líderes de equipes e área comercial, garantindo a concentração de esforços, de maneira coletiva e conjugada, unificada e não-esparsa.

 

Para um fluxo sincronizado compatível com as premissas acima, duas competências são requeridas: ser capaz de prometer a data de entrega com prazo menor do que o do concorrente e ser capaz de cumprir o prometido.

 

Na próxima veremos mais doses de produtividade.

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XI

DOSES DE PRODUTIVIDADE – XI

 

Quaisquer interrupções e esperas contaminam os processos e, consequentemente, a produtividade.

Uma dose eficaz para um processo ininterrupto baseia-se no Sistema Toyota de Produção com uma sistemática identificação e eliminação de desperdícios (atividades que não agregam valor). Este sistema popularizou-se nas fábricas norte-americanas com o conceito de lean manufacturing ou manufatura enxuta ou esbelta. Da indústria propagou-se para os outros setores da economia por fazer fluir o produto ou serviço conforme a solicitação do cliente, tendendo à perfeição.

Com a dose diária de “sempre podemos melhorar” obtém-se os benefícios almejados por qualquer empresa:

  • Reduzir o lead time
  • Otimizar o uso de espaço
  • Aumentar a produtividade
  • Aprimorar a qualidade do produto ou serviço
  • Melhorar a pontualidade das entregas

Embora a perfeição nunca possa ser atingida, sua busca é uma meta válida porque ajuda a manter uma constante vigilância contra práticas que causam desperdício. Um desperdício é qualquer coisa que o cliente não esteja disposto a pagar e isto inclui:

  1. Produção exagerada – produzir mais do que a demanda ou antes da necessidade
  2. Esperas – devidas a fluxos insatisfatórios
  3. Inventário de Material em Processo – espera entre operações
  4. Desperdício de Processamento – etapas desnecessárias
  5. Transporte – não adiciona nenhum valor ao produto
  6. Movimentação de operadores – devidos a localização inadequada de ferramentas e componentes
  7. Fabricação de produtos defeituosos e serviços inacabados – puro desperdício e gerador de retrabalho
  8. Subutilização das pessoas – baixo aproveitamento das habilidades individuais.

Outra dose fantástica trazida do Japão é o kaizen. Tive um estreito relacionamento com seu criador, Masaaki Imai, que me permitiu entender a simplicidade lógica de pensamento quando fazia perguntas e comentários sobre fatos que presenciávamos.

O objetivo do kaizen é estimular o pensamento e estimular a mente nas organizações do futuro. Kaizen incentiva definir padrões mais altos de desempenho; novas metas em termos de satisfação do cliente, vendas e lucro. É uma especial dose de melhoramento progressivo que possibilita incrementos excepcionais até atingir inovação e sistematização total.

Uma dose complementar é a técnica de resolução de problemas: “os 5 porquês”. Sua aplicação consiste em pegar qualquer problema e perguntar: “porque ocorreu o problema?” Perguntando-se repetidamente “por que” (cinco vezes é uma boa regra) removem-se as camadas dos sintomas, conduzindo-nos à causa raiz de um problema que impacte a produtividade. Lembrem-se das crianças de 2 a 5 anos, que são especialistas nesta técnica, pois vivem questionando os adultos com porquês.

Aguardem mais exemplos na próxima doses.

DOSES DE PRODUTIVIDADE – X

DOSES DE PRODUTIVIDADE – X

 

Depois de comentar sobre a influência positiva do aumento da velocidade na produtividade na última dose, deparei-me com sua redução na Marginal do Pinheiros. O prefeito paulistano do PT mais uma vez comprovou ser um causador de infecção para a produtividade. Reduzir para 50 km/h a velocidade que era de 100km/h em uma pista construída para ser de alta velocidade é um atraso. Não bastasse o eterno congestionamento de nossas vias, comemorado diariamente pela CET, tal medida aumenta o tempo perdido em trajetos de ida para o trabalho e retorno para casa; gasta-se inutilmente de 3 a 4 horas por dia, 90 a 120 horas por mês! Isto equivale a quase metade do mês de desperdício de tempo e perda de produtividade coletiva. Um significativo prejuízo para o trabalhador, empresas e PIB. Nada se produz nesse período, mas aumenta o estresse de todas as pessoas.

 

A maior quantidade de acidentes nas marginais é provocada por motoqueiros abusados e inconsequentes e buracos nas pistas que obrigam freadas bruscas. Em lugar de gastar dinheiro em placas de sinalização, pintura vermelha em ciclovias que afunilam as avenidas, avisos e faixas de avisos, deveria investir em tapar buracos, construir e exigir construção de calçadas adequadas para pedestres e cadeirantes, construir galerias para evitar enchentes (em vez de sinalizar as áreas para transferir a culpa para os motoristas) e muito mais em Metrô para tornar as viagens mais rápidas.

 

Há uma relação inversamente proporcional entre velocidade e tempo – maior velocidade, menor tempo – e menor tempo é uma das boas doses de produtividade.

 

Uma dose clássica de produtividade, principalmente para a indústria, é o método. Métodos racionais, gestos harmônicos e contínuos permitem aumentar a produção sem aumentar a fadiga. O método determina o tempo! Uma ferramenta internacional de grande valia é o sistema MTM (Method Time Measurement), descrito sumariamente entre as páginas 472 e 485 do livro O Trabalho – Passos para produtividade – publicado pela Educator.

 

Dose quase profilática é a do processo. Ele garante o fluxo contínuo e sincronizado de produtos e serviços em todas as atividades. Uma vez definido um processo sem desperdícios, sem esperas nem paradas, o método esmiúça cada atividade para a melhor produtividade.

 

A Engenharia Industrial estuda processos, métodos e tempos para todos os trabalhos de produção e administração. A produtividade de máquinas e pessoas é conseguida sem desperdícios de tempo nem de materiais.

 

Não poderia deixar de comentar o atual uso inadequado do celular. Uma tecnologia fantástica para o aumento da produtividade em comunicação, deturpada em seu uso viciante. Médicos chegam a constatar desvio de coluna pela posição curvada da cabeça e olhar fixo a uma distância de 20 cm. Comprovadamente é um desvio de atenção e uma concentração que tira o foco de qualquer atividade produtiva. Pessoas caminham cabisbaixas e alienadas ao que se passa ao redor, chegando a dar trombadas e sofrendo quedas. Esta maravilha acionada desde a tenra infância aproxima os distantes, mas afasta os próximos. Não há mais reunião de família ou encontro amistoso de bom convívio e atenção aos diálogos. Qualquer WhatsApp ou Mensagem passa a ter prioridade sobre quaisquer outras coisas.

 

Na rotina diária muitas das interrupções nada tem a ver com o trabalho; são redes sociais, games e filmes que distraem as pessoas.

 

Na próxima veremos mais doses de produtividade.

DOSES DE PRODUTIVIDADE – IX

DOSES DE PRODUTIVIDADE – IX

 

Voltei!

Como prescrito anteriormente, fiz minha pausa e fui para longe: Países Bálticos e Rússia. Ampliei conhecimentos embora meu HD estivesse sobrecarregado com tantas informações dos guias. Mesmo não querendo relembrar nossas mazelas políticas, as informações sobre a dominação soviética na Lituânia, Letônia e Estônia, que só se libertaram do comunismo em 1991 e cresceram vertiginosamente, fizeram-me um paralelo com a dominação petista. Não bastasse às destruições na Segunda Guerra Mundial, o sofrimento do povo foi ainda maior com a imposição doutrinária dos Russos. Espero que nosso Brasil reaja imediatamente à intentona comunista dos últimos doze anos de governo mal intencionado, antes que a nação se arrase.

 

Esquecendo nossa realidade, vivenciei com minha esposa maravilhas desde a reconstrução das épocas medievais até o modernismo de hoje. Museus, palácios e praças, repletas de turistas e moradores desfrutando de uma vida feliz. Quanta riqueza, tanta história!

 

Para não perder o foco em produtividade, observei a dinâmica de construções sem ver nenhum trabalhador parado “cansando-se” por ver outro trabalhar com disposição. Número reduzido de garçons e garçonetes – todos jovens – servindo muitas mesas simultaneamente; embora às vezes demorassem para trazer a conta, esforçavam-se para falar em inglês ou espanhol já que seu idioma escrito e falado é incompreensível para estrangeiros. Chama atenção a limpeza das ruas lavadas periodicamente e a ausência de bitucas no chão, embora fumem bastante. Um trânsito que em seus momentos de pico provocam congestionamentos, mas fluem bem. Ciclovias bem planejadas com semáforos próprios ocupam seu espaço sem atrapalham veículos nem pedestres.

 

Retornando para casa a uma velocidade de 950 km/h, 12.000 m de altitude e uma temperatura externa de – 40 graus centigrados, sentados por 12 horas, lendo, vendo filmes, jogando e dormindo um pouco, fez-me voltar no tempo e lembrar um dos melhores momentos de produtividade que tive em viagem, quando voei da França para os Estados Unidos em um Concorde – avião supersônico que voava a mais de 2.000 km/h – mais rápido do que a rotação da terra – permitindo-me fazer duas reuniões de negócio no mesmo horário (9:00), em locais diferentes: Paris e Nova York, graças à alta velocidade e alteração de fuso horário; 3,5 horas de vôo e 6 horas de diferença de fuso.

 

Recordei-me ainda de um grande lance de produtividade quando gerenciei um projeto com desenhos feitos no Japão e produção em Piracicaba – SP. Nas tropicalizações e revisões que necessitavam da aprovação da cedente de tecnologia, fazíamos nossos comentários e atualizações durante todo o dia e, no final da tarde, os enviávamos via telex para os japoneses que os recebiam no início de sua jornada. Enquanto eles trabalhavam, nós dormíamos. Na manhã seguinte recebíamos sua correspondência e  trabalhávamos enquanto eles dormiam. Milagre do fuso horário de doze horas…

 

Muitas coisas podem ser feitas em paralelo por diversas pessoas, desde que se preocupem com o sincronismo das atividades. Quando há interdependência o atraso de um provoca atraso nas demais atividades, gerando uma imensa perda de produtividade. A garantia do fluxo do produto ou da informação é a dose mais complexa que um bom líder tem de administrar.

 

Alerto para uma tese que defendi na França: “onde houver duas pessoas trabalhando juntas em uma mesma atividade, coloque uma terceira e todos farão a produção de uma”.

 

Aguardem mais doses de produtividade.

 

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VIII

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VIII

 

Como já comentado nas doses anteriores, tudo aquilo que não é Custo Diretamente Variável se enquadra na categoria de DESPESA OPERACIONAL (DO). Folha de pagamento, estoques e energia são seus maiores contribuintes.

 

Outros gastos diversos como insumos, combustíveis, telefonia, despesas de viagem, locação, impostos e taxas de funcionamento engordam a DO. Serviços de terceiros, quando não atribuídos diretamente a um determinado produto ou Clientes, são DO. Muitas delas são necessárias para transformar Matérias-primas em Ganho, entretanto, várias podem apresentar sintomas de desperdício. Tudo aquilo que os clientes não aceitam pagar é desperdício.

 

Muitas delas são decorrentes de má gestão. Doses maciças de foco, de delegação e de prioridades são eficazes para este tratamento. O diagnóstico é simples: perda de tempo! Consumir mais tempo do que o necessário é puro desperdício. A maior alegação das pessoas é a “falta de tempo” e a dose eficaz chama-se Gestão do Tempo. Nada mais democrático do que o tempo – igual para todos – a diferença está em saber usá-lo. Todos têm 24 horas por dia e não há cotas diferentes para ninguém. Uma boa dose de equilíbrio é 1/3 do uso do tempo, ou 8 horas para o sono, 8 horas para o trabalho e 8 horas para todo o resto. Há uma flexibilidade compensatória; quando estudantes usamos mais tempo para estudo e trabalho e sacrificamos horas de sono. Excesso de trabalho, principalmente com desperdício, tem como efeito colateral a perda do sono, desgaste da saúde e descuido da família.

 

Demora na tomada de decisão, participação em longas reuniões constantes, sem agenda nem definição de início e término e sem conclusão ocupam a maior parte de sua jornada e reduzem sua produtividade. Juntem-se a isso os atrasos não justificados, mas “explicados” com transferência de culpa para terceiros, principalmente o trânsito. Muitos que não conseguem se organizar e trabalham até mais tarde, acham-se merecedores de chegarem atrasados deixando sua equipe à deriva.

 

Para manter sua eficácia o gestor deve programar pausas, com fins de semana com a família e férias periódicas. O ideal seria desfrutar de quinze dias a cada seis meses. Ficar muito tempo sem entrar em férias não pode ser um orgulho do “fanático pelo trabalho”. Depois de muito tempo sentindo-se insubstituível, quando se ausenta não de desliga; quando começa a desfrutar do merecido descanso, bate-lhe a ansiedade de voltar, com medo que sua cadeira esteja ocupada por outro.

 

Há uma relação biunívoca entre tempo e velocidade. Retrabalhos, informações erradas, interrupções de celulares em momentos de concentração reduzem a velocidade e aumentam a duração prejudicando o uso adequado do tempo. Outra implicação direta na perda de produtividade é a inversão de prioridades por parte do gestor. Basicamente deve-se fazer primeiro o essencial, depois o urgente e, por fim, o acidental quando não se consegue delega-lo.

 

Lamentavelmente, muitos invertem a ordem e metem os pés pelas mãos. Se um gestor é improdutivo, sua equipe o acompanha. A produtividade é um tratamento para os líderes com reflexo para sua equipe; com a batuta de um maestro ele é disciplinado e conduz a produtividade do conjunto mantendo sua harmonia.

 

Com a contaminação dos vírus do governo e da alergia aos políticos, as empresas e seus gestores devem criar anticorpos e reagir com produtividade ainda maior. Essa epidemia atinge a todos; os mais resistentes conseguem sobressair-se no mercado e manter a saúde da empresa acima da sobrevivência.

 

Na próxima teremos mais doses de produtividade.

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VII

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VII

 

Outro item crítico da DESPESA OPERACIONAL é a ENERGIA, principalmente a elétrica, não só nas indústrias como também nos escritórios.

 

Além dos escorchantes aumentos provocados pela ineficácia do governo identificam-se muitos desperdícios que estão sob controle da administração das empresas e de pessoas. Manter luzes acesas e computadores ligados o tempo todo, deixar máquinas, equipamentos e fontes funcionando em espera, aumentam a conta da energia sem necessidade; é o desperdício com que se convive diariamente. Não se apagam as luzes quando o pessoal sai para o almoço e já vi poucas pessoas trabalhando após o expediente com o escritório inteiro acesso. Além de cultural, pode ser consequência da economia na primeira instalação que não considerou a separação de circuitos para diferentes setores; liga-se o disjuntor e acende tudo, uma beleza!

 

Uma falsa economia na instalação arrasta um consumo inadequado por toda a vida agravando a DO. Observe-se a iluminação de escritórios com luminárias de quatro lâmpadas, quando apenas três bastariam e dariam uma economia de 25%. Colocam-se lâmpadas com potência exagerada onde não é exigida – uma festa de luz e desperdício. Um rápido estudo da luminescência necessária permitiria a troca por lâmpadas de menor potência e maior eficiência como, por exemplo, os “leds”. Sensores de presença ajudam na economia e janelas maiores permitem uma iluminação natural com melhor aproveitamento da luz do dia. Uma boa dose de conscientização pode ajudar e os avisos frequentes são necessários para mudança de atitude.

 

Com a severa falta de água cresceu a criatividade para uso mais racional e econômico do consumo. As conquistas foram premiadas e divulgadas até em elevadores estimulando a cultura da eliminação do desperdício.

 

Entende-se desperdício como “qualquer coisa que se faz e que o cliente não está disposto a pagar”. Encontram-se nas empresas, tanto nas fábricas como nos escritórios, atividades que não agregam valor e aumenta a DO, tais como: Carga de trabalho desbalanceada – uns fazem muito e outros quase nada. Esperas – quando um atrasa sua entrega outros ficam inativos, ou quando um gestor demora a decidir ou responder, ou quando há problemas de qualidade em processos anteriores.

Desperdício de processamento – indefinição dos requisitos do cliente, incluso o cliente interno, falha de comunicação, aprovações redundantes, excesso de informação incoerente.

Movimentação de pessoas – baixo nível de eficiência, métodos inconsistentes, layout desfavorável ao fluxo, movimentos extras “de ocupação” enquanto se espera.

Defeitos – controle de processo deficiente, qualidade precária, educação, treinamento ou instruções de trabalho inadequados.

Subutilização das pessoas – pensamento, políticas e cultura do negócio ultrapassados, baixo ou nenhum investimento em treinamento, baixos salários, estratégia do alto turnover.

 

Desperdício é um vírus que acaba com a produtividade de qualquer empresa ou país. É deplorável ver o que acontece nas construções e manutenções de estradas; podem comprovar. Em um canteiro de obra veem-se dois ou três trabalhando enquanto seis ou sete observando ou falando no celular. Creio ser este um dos fatores da demora e do custo para se concluir uma obra.

 

Aliás, o celular – uma maravilha da tecnologia que aproxima os distantes mas afasta os próximos – está sendo um dos vetores da improdutividade. Ninguém consegue concentrar-se em duas coisas simultaneamente, a menos que seja apenas uma atividade manual que não requer o uso do cérebro (automatismo).

 

Na próxima tem mais doses contra a improdutividade.

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VI

DOSES DE PRODUTIVIDADE – VI

Ainda tratando da DESPESA OPERACIONAL, precisa-se de doses de produtividade complementares para combater o segundo item crítico – os ESTOQUES. O inventário em estoque tem um custo de carregamento e sua depreciação entra na DO.

 

Há estoques estratégicos que podem contribuir com o ganho, dependendo do tipo de negócio que se administra. Quando se trata de produto padronizado para entrega imediata, o estoque de PRODUTO ACABADO (PA) é essencial para não perder vendas. Aqueles que têm prazos de validade precisam ter uma vazão compatível com a demanda de mercado, isto significa que, embora seja um estoque produtivo, deve haver um giro de estoque elevado medido por G/I (ver doses I). Se o produto é feito por encomenda não se deve ter estoque de PA A menos que haja um pagamento inicial para garantir a compra de MP ele pode ficar encalhado e as DO aumentarem. Admite-se um estoque de Produto Semi Acabado que recebe uma montagem ou composição final no momento da venda. Esta condição permite menor prazo de entrega, que é um sinal de boa produtividade. Este estoque também deve ser medido por seu giro para que não haja produção excessiva, apenas para ocupação de pessoas e máquinas.

 

Outro estoque estratégico essencial é o da MATÉRIA-PRIMA (MP). Necessário para dar início a quaisquer produções, só deve ser utilizado quando houver um destino certo para venda ou reposição de estoque. Enquanto não é tocada, a MP tem valor de mercado. Uma vez sofrida qualquer operação ela passa a valer como sucata se não for transformada em PA. Há uma distorção contábil quando se considera que uma operação “agrega valor”; ela agregou custo, mas só terá valor se for vendida como PA. Enquanto a MP permanecer e for conservada em seu estado de compra, poderá ser considerada como um estoque especulativo e ser vendida com a cotação de mercado.

 

Outro estoque sempre identificado é o Material em Processo (WIP = Work In Process). Ele é danoso para a produtividade, ele não é nada, nem MP nem PA.

O ideal é tê-lo muito reduzido durante um rápido processo de transformação, pois é a fase em que se encontram esperas, retrabalhos e desperdícios que reduzem a produtividade. Os japoneses, em seu conceito de Just-in-Time (JIT) buscam a “produção sem estoque”. Ver máquinas e pessoas paradas é uma aberração para o administrador industrial tradicional; ele prefere ver atividade, mesmo que seja para consumir MP, ferramentas, energia e movimentação que contribuem para a baixa produtividade da DO.

 

Uma boa dose de produtividade é a filosofia de “só trabalhe se houver trabalho”. Não havendo trabalho que aproxime a MP do PA, as máquinas paradas não consomem energia e as pessoas podem ser transferidas para outras atividades importantes ou treinadas para melhor capacitação. Por isso uma dose energética de produtividade é a multifuncionalidade dos empregados que se motiva ao ver a expedição satisfazendo clientes e a entrada de dinheiro.

 

Um vilão do crescimento improdutivo do estoque é o Lote Econômico. Embora muitos ainda sigam a falácia de que o custo por peça diminui quando se produz bastante, o ideal é promover um fluxo contínuo e rápido, sendo o fluxo mais eficaz aquele de uma peça que passa rapidamente pelas atividades do processo; o chamado “one piece flow”.

 

Outra técnica japonesa de grande impacto na redução do WIP é o Kanban; um cartão de controle da produção realizado no chão de fábrica pelos próprios operadores que o usam como Ordem de Produção quando um pequeno estoque requer reposição porque houve consumo.

 

Na próxima tem mais doses que aumentam a lucratividade das empresas.